Primeiro Congresso Miqueias Brasil enfatizou a importância da busca pela Missão em sua totalidade e convidou os presentes a se engajarem na luta pelo Reino de Deus e a sua Justiça
O que é bom e o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus?” Miquéias 6:8
Deus é o mesmo ontem, hoje e amanhã. E se no passado Ele se preocupava com a justiça e com a misericórdia, hoje não poderia ser diferente. Por esta razão a exortação do profeta Miqueias é a pedra angular da Rede Miqueias. E foi com isto em mente que mais de 200 pessoas de 23 estados brasileiros e 6 países diferentes se reuniram durante 4 dias para, juntos, ouvirem o que Deus nos chama a fazer hoje. Nesse tempo precioso foi possível ouvir histórias do passado e do presente, compartilhar lutas e desafios que permeiam o nosso tempo e contexto social e, acima de tudo, relembrar que Deus é o Senhor da Missão e que é Ele quem nos chama, vocaciona e capacita para ela.
O Congresso Caminhos da Missão: A Igreja e seu tempo ocorreu nos dias 26 a 29 de junho na Igreja Batista da Praia do Canto (IBPC) em Vitória (ES). A palavra de abertura ficou à cargo do teólogo equatoriano René Padilla, um dos principais precursores da Missão Integral na América Latina. René contou um pouco de sua história pessoal e de como foi despertado, logo na adolescência, para o complexo problema da injustiça social e o papel da igreja na busca pela justiça. “A igreja não existe somente para salvar almas, ela existe para dar testemunho de todas as dimensões da salvação em Cristo Jesus: reconciliação com Deus, com o próximo e com a criação de Deus.”
Sheryl Haw, diretora internacional de Miqueias Global, avalia o primeiro congresso Miqueias Brasil como um grande marco. “Primeiramente foi muito inspirador perceber que há pessoas de todas as regiões do Brasil aqui. Eu não sei como vocês conseguiram isso, mas foi um grande feito!”. Sheryl apontou ainda para a necessidade de construção de relacionamentos sólidos para a concretização da Missão. “Para que possamos entender a mudança que Deus deseja precisamos conhecer uns aos outros, e para conhecer uns aos outros precisamos nos encontrar e ouvir uns aos outros. Então este tipo de Congresso é absolutamente essencial e nós precisamos continuar fazendo isso porque leva tempo para construir relacionamentos e confiança, e leva tempo para entender o que Deus está realmente fazendo”.
O Pastor Valdir Steuernagel, do Conselho Coordenador da Aliança, que conhece René Padilla desde a fundação da Fraternidade Teológica Latino-Americana, também foi um dos preletores do Congresso. Fazendo uso do Salmo 146, na conclusão do dia, Valdir destacou que o Salmo começa e termina com a mesma palavra: “Aleluia”. Assim, “o caminho da missão acontece em meio a adoração e à missão de Deus”.
Da Aliança Evangélica também participaram o Pr. Christian Gillis, que esteve no comitê de organização, e alguns assessores, Pr. Daniel de Almeida Jr. e Pr. Jorge Henrique Barro, além do Executivo, Pr. Wilson Costa.
A programação das manhãs se iniciava com louvor, oração e um momento intitulado “Caminho Bíblico”, no qual os participantes eram convidados a analisarem os desafios do nosso tempo à luz da Palavra de Deus. Três temas permearam os três dias de Congresso: equidade, reconciliação e transformação. Também compuseram a programação: momento de ressonância, grupos pequenos, oficinas, painéis e relatos de experiências. Já a programação das noites, que também incluía louvor, era marcada pelo relato de cases e se encerrava com uma exposição bíblica.
Para Cosme Almeida, pastor do Betel Brasileiro na cidade de Equador (RN) e aluno da Escola dos Sertões de Fé e Política, participar do congresso Caminhos da Missão foi extremamente motivador em uma caminhada marcada por lutas. “Dentro do quadro do sistema nacional é um grande desafio trabalhar a Missão Integral, mas por ser um grande desafio a gente tem um Deus onisciente que supre todas as coisas e quando a gente está dentro do propósito Dele as coisas acontecem”, completou.
Neucira Moraes, de Caraúbas (RN), também aluna da Escola dos Sertões de Fé e Política, conta que a participação no congresso trouxe à luz muitas inquietações e um novo direcionamento em sua jornada de fé. “Nessa caminhada a gente vai se inquietando e vendo que a gente precisa se converter de várias situações. E aí começa a avaliar todo o seu processo de cristianismo. De repente você começa a despertar para uma igreja que precisa tirar muitas máscaras e se preocupar com muitas outras questões. Hoje eu olho e digo “Senhor, eu preciso me converter”.
Fonte: Tearfund